Não quero estar sozinho.

Porque é a música que está a passar na minha coluna enquanto exprimo o que aqui vai.

Hoje à tarde fui skatar, normal. 1 horinha de skate que soube bem, melhor que o habitual até, muita descontração. Lembrei-me de ligar ao meu amigo que vem cá passar uma noite na 5a feira para lhe perguntar se se mantia o combinado, e ele confirmou, mas só chega cá às 20h. Ou seja, vem só mesmo dormir, e como eu tenho praia logo quando o Sol nascer vai ser mesmo só a noite.
Fiquei triste, já não o vejo desde Abril e é um dos meu amigos mais próximos, fui-me um bocado abaixo.
Desci a colina onde estava e pensei ir para casa, mas comecei a pensar e muita coisa, nomeadamente em estar ali sozinho. Eu nunca fui ninguém que andasse assim com montes de pessoal, nunca. Vou aos meus concertos sozinho quase sempre, porque é uma coisa que eu dou realmente valor e que me faz feliz, e assim prefiro ir sozinho e conhecer meninas que partilhem do mesmo sentimento do que ir com uns conhecidos que vão lá para enrolar uma ou duas, e dizer que foram ver a banda tal porque são muito bacanos. Gosto de ter os meus amigos próximos perto e isso chega-me bem. Infelizmente nesta fase da minha vida e há já algum tempo tenho andado sozinho. As minhas musas desapareceram, não acontece nada, os meus amigos viraram-me as costas, alguns estão muito longe, alguns não sabem onde estão.
Em tempos a minha vida foi preenchida pelas minhas namoradas. E quando eu digo namoradas, foram mesmo relações supostamente sérias. Quando eu me comprometo com alguém, fico totalmente fixado a essa pessoa. Ignoro tudo à minha volta só para olhar para ela, cancelo qualquer coisa para estar com ela, e é assim que me sinto bem, a fazer a pessoa que amo feliz, não preciso de ter nada em troca, somente um "Amo-te" chega. Agora nem isso tenho, e sinto-me tão vazio. Sinto que sou alguém, mas se me puser a pensar, não sou mesmo ninguém. Sem musa, sem inspiração, sem um Amigo, com colegas.
Sentei-me no passeio durante mais uma hora e pensei nisto e a observar. Levantei-me, fui-me embora a deslizar a rua, com um carro da polícia à frente. Irrelevante.

É esperar?

O que se via do passeio, perfeito vazio. Portas de Benfica.

Porque é a música que estava a passar enquanto evoluia no pensamento.